Textos

O refinamento das condições essenciais para a transformação terapêutica: o apr(e)ender de uma escuta sensível (1)

Ticiana Paiva de Vasconcelos[2]

RESUMO

As discussões da contemporaneidade apontam para uma constante atualização das abordagens humanistas, principalmente no contexto da clínica psicológica. O presente estudo surgiu inicialmente do entrelaçamento da psicoterapia centrada na pessoa com a arte, buscando assim vislumbrar um fazer psicológico experiencial permeado por sensibilidade, criatividade e delicadeza. Na Abordagem Centrada na Pessoa, há uma carência de estudo ao tratar do refinamento do clima propício ao crescimento da pessoa, ou seja, do que há para além de sustentar as condições facilitadoras. Todavia, há de se observar a recorrente preocupação de seu próprio fundador, Carl Rogers, com a busca do terapeuta sensível. Rogers, sempre associando a sutileza e sensibilidade com a compreensão empática, estabelece assim, o pilar fundamental que desencadeia o processo psicoterapêutico. Entende-se, portanto, por resposta empática, quando o terapeuta ressalta, com sensibilidade, o senso-sentido que o cliente está experienciando, ajudando-o a melhor focalizar-se na experiência e assim se atualizar. Este estudo constituirá que, o trabalho pessoal objetivando a construção de si, terapeuta, exige o refinamento da ferramenta da escuta ativa, que caberia melhor ser chamada de escuta sensível – esta enquanto ação sensível de cuidado ao adentrar a experiência do cliente, sustentando as três condições, e organismicamente perceber o outro em seu movimento de experienciação.

Palavras-chave: Arte – escuta sensível – ACP – experienciação

“Serei eu, porque nada é impossível,
Vários trazidos de outros mundos, e
No mesmo ponto espacial sensível
Que sou eu, sendo eu por estar aqui?”

(Fernando Pessoa)

O constante atualizar-se que permeia o processo da vida, aproxima-me gentilmente a uma tomada de posição séria em relação aos eventos que experiencio. É o movimento de sentir e extrair sentido, imagens, significados. Esse artigo nasce da minha vida – e é somente a partir dela que se pode compreendê-lo integralmente. Após uma longa e sentida gestação em meu útero de pessoa, de psicoterapeuta, nasce esse filho bem íntimo, cujo quase nove meses serviram de maturação para que, de forma plena, pudesse ser apresentado com toda sua mestiçagem: quinas, cores e contornos. Então, a partir da busca de um contato mais profundo com a pessoa que sou, adentro o desconhecido mundo da minha experiência para, conseqüentemente, refinar e buscar um entendimento teórico vivo – onde conceitos são gestados e gerados a partir do que foi sentido por mim.

E pensar o manejo científico da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) da forma como eu a concebo, remete-me a seu fundador, Carl Rogers, ter construído, da mesma forma, seu fazer psicológico acordado com sua experiência e ressoando nela. As idéias de Rogers revolucionaram o campo das relações humanas, atribuindo um novo sentido tanto da valorização do cliente, quanto da própria relação terapêutica (Messias, 2006). E foi com um rigor primoroso e um nível de detalhamento raro que Rogers descreveu as condições essenciais para a transformação terapêutica, atuais e pertinentes, forma esta que me serve de inspiração para pensar o conhecimento científico com o sabor da vida: visceral, vivido, humano.

É fato que a minha motivação para este artigo extrapola as minhas incursões na clínica psicológica, mesmo sendo esta um grande definidor. Há ainda outras incursões onde fui profundamente implicada. Enfatizo minhas aproximações com a pesquisa etnográfica numa escola de música[3], onde mergulho nos estudos do sensível na arte. Esta pesquisa possibilitou-me a compreensão de que há algo da experiência humana impossível de ser captada pelo olhar – este sendo uma analogia ao puramente observável, o saber intelectual, teórico – mas que é percebida profundamente pelo ouvido orgânico, sensível.  A partir dessas reflexões pude questionar a minha prática clínica e fui mobilizada a pensar a construção da arte de ser terapeuta centrado na pessoa.

Rogers (1961) afirma não vê distinção entre o processo criativo de pintar um quadro, compor uma sinfonia, desenvolver uma teoria científica, descobrir novas formas e relações humanas ou criar novos processos que desenvolvam a personalidade humana como a psicoterapia: “A causa principal da criatividade parece ser a mesma tendência que descobrimos a um nível profundo como a força curativa da psicoterapia – a tendência do homem para se realizar a si próprio, para se tornar no que em si é potencial” (p. 407, grifo do autor).

A minha experiência leva-me a ousar, permeando campos desconhecidos, ao propor refinar as condições facilitadoras em psicoterapia com o saber sensível, sentido. Considera-se a psicologia enquanto processo pelo qual auxilia o sujeito a desenvolver sentidos e significados diante do mundo. A pessoa ao ser aceita incondicionalmente é vista como processo em constante atualização (Rogers, 1961) na direção de tornar-se o que si é, verdadeiramente. O psicoterapeuta oportuniza o campo experiencial, compondo-se o instrumento que proporcionará o desdobrar do cliente. É a reunião de condições facilitadoras e necessárias para o reinventar criativo da pessoa do cliente.

O fluxo experiencial em psicoterapia foi conceitualizado por E. Gendlin (1964) como experienciação. Original do inglês, a palavra é cunhada no gerúndio (experiencing) para conotar processo, fluxo, movimento. Não se pode entender tal conceito sem ter em mente a equivalência de algo necessariamente em processo.

Na relação terapêutica, a experienciação ocorre no presente imediato. Trata-se do sentimento que está sendo vivido no exato momento (Messias, 2001). O foco está no sentimento e não no conteúdo – fatos, vivências, idéias, situações –, ou seja, “qualquer coisa que o cliente venha a referir como conteúdo tem pouca importância diante do sentimento presente, imediato” (p. 64).

Os sentimentos são matéria-prima da experienciação, pois, a partir do fluxo experiencial, símbolos (senso) são adotados para representar o que a pessoa sente (sentido). Em psicoterapia, o apreender dos sentidos do cliente é a dimensão do senso sentido. Senso enfatiza a qualidade corporal concreta, palpável da experiência organísmica – experienciação. É ao senso sentido que a resposta empática se dirige, pois o cliente ao focalizar sua queixa no conteúdo, permite-se que seja dercoberto, com sensibilidade, o potencial simbólico implícito da incongruência.

O modo de experienciar denuncia o grau processual da pessoa. É através desse movimento experiencial perceptivo-intuitivo que se sustenta o “pano de fundo” conceitual da psicoterapia centrada na pessoa. Pois é certo que o estabelecimento satisfatório das condições facilitadoras é o cerne da relação com o cliente, contudo, a sustentação e desenvolvimento do processo encontra-se na experienciação.

A chave para a transformação terapêutica é a empatia (May, 2004). Não basta, contudo, desenvolver a capacidade de uma resposta empática se não há profundamente gentileza, delicadeza, cuidado, para se caminhar na experiência do cliente. Ao adentrar o mundo perceptual do outro, através da compreensão empática, inclui ser sensível, em cada instante, às mudanças das significações sentidas (senso sentido) que fluem na outra pessoa. É em busca dessa dimensão de percepção profunda da empatia, que a escuta sensível oportuniza um campo de possibilidades sentidas. O psicoterapeuta que estabelece uma escuta profunda do senso sentido é permeado pela dimensão do cuidado que são as cores da escuta sensível.

Por toda a literatura psicológica, acredito não ter conceito semelhante ao desenvolvido neste trabalho. A escuta sensível é citada por Barbier (1998) relacionada à capacidade que o professor tem em não se fixar sobre interpretação de fatos, procurando compreender, por “empatia”, o seu aluno. Poderia esta se assemelhar à escuta ativa que Rogers (1983) tão bem definiu, sendo a escuta sensível, portanto, necessária para adentrar ao campo experiencial do cliente.

O instrumento da escuta sensível possibilita ao psicoterapeuta a percepção profunda e clara do senso sentido do cliente e das mudanças sentidas, pois uma escuta ativa pode supostamente ser dirigida ao conteúdo já revelado pelo cliente (como era feito em larga escala no começo do desenvolvimento da ACP com as respostas redundantes a expressões de sentimentos do cliente).

No campo de conhecimento da psicoterapia, permeia a articulação entre o sentir e o simbolizar. Por sentimento compreende-se “a apreensão da situação em que nos encontramos” (Duarte Jr, 1998, p.16) que precede a qualquer significação apriorística. O sentir é anterior ao pensar e compreende aspectos perceptivos e aspectos emocionais. A definição de sentimento e a sua expressão não podem se dar através da utilização de símbolos construídos pela consciência pensante, racional; dar-se-á por meio de uma consciência que se opunha ao pensamento racional (Duarte Jr, 2001). É devido a essa necessidade em apreender os sentidos que a Arte, por meio da experiência estética, instrumentaliza a ponte necessária para compreendê-los.

Assim, a própria atitude do psicoterapeuta possui uma dimensão estética: levar o cliente a buscar os sentidos que fundamentem sua ação, de modo que haja coerência entre o sentir, o pensar e o fazer. A arte, sem dúvidas, possui uma dimensão experiencial. Bem como o processo psicoterapêutico é em si experiencial. Rogers (1983) afirma que o experienciar do cliente, a experiência do processo, é a suprema autoridade da psicoterapia.

Destarte, observo a necessidade de uma melhor apropriação do sensível proveniente da arte pelos psicoterapeutas em formação. Há algo que não foi possível se apropriar na formação do psicoterapeuta, pois as condições facilitadoras podem ser acessadas, e até medidas da sua profundidade, mas não se sabe se essa postura está oportunizando o processo de atualização do cliente.

As universidades que formam para o humano são cada vez mais raras atualmente (Gendlin, 1992). Penso ser possível unir arte e Psicologia também devido a um enorme interesse pessoal e por acreditarmos que o contato com conteúdos referentes à arte possibilita um outro olhar sobre si mesmo e o mundo, podendo conduzir a novos processos mentais ao provocar diferentes formas de pensar e de ver o cotidiano.

Na formação profissional, merece atenção especial a construção de um olhar e de uma escuta atentos, ampliados e aprofundados ao contexto em que o profissional está inserido. Para isso, acreditamos que a arte tem um imprescindível papel desde a entrada do futuro psicólogo na academia. A construção de um psicoterapeuta-artista não se trata de uma zona mística, não se refere a uma sensibilidade dada ou herdada, mas sim a uma sensibilidade adquirida através de um processo de construção, obtendo uma clínica psicológica feita por humanos para o humano.

Ao descrever a psicoterapia como um processo que se constitui numa relação de aceitação e compreensão, a qual se funda no encontro de psicoterapeuta e cliente, torna-se imprescindível compreender a atitude terapêutica objetivando ao florescimento humano. Conhecendo essa atuação, pode-se vislumbrar na construção do psicoterapeuta a sua atitude artística para facilitar o processo de atualização do cliente, que possa ser percebido o quanto de gentileza, delicadeza, poesia e cuidado, ou seja, o quanto há de sensível em sua relação.  Sua Santidade o Dalai Lama alude que “Num nível simples e prático, a gentileza cria uma atmosfera humana e acolhedora que permite uma comunicação mais fácil com as pessoas” (Dalai Lama, 2004).

E devido à necessidade em apreender os sentidos que a Arte, por meio da experiência estética proporcionada pela poesia e, mais profundamente ainda quanto esta se transforma em música, torna-se o instrumento mais hábil de compreensão não racional. Então para decorar[4] este artigo apelo às palavras de Chico Buarque e Cristóvão Bastos para o despertar da compreensão sentida.

Todo o sentimento (Cristóvão Bastos – Chico Buarque/1987)

Preciso não dormir

Até se consumar

O tempo

Da gente

Preciso conduzir

Um tempo de te amar

Te amando devagar

E urgentemente

Pretendo descobrir

No último momento

Um tempo que refaz o que desfez

Que recolhe todo o sentimento

E bota no corpo uma outra vez

Prometo te querer

Até o amor cair

Doente

Doente

Prefiro então partir

A tempo de poder

A gente se desvencilhar da gente

Depois de te perder

Te encontro, com certeza

Talvez num tempo da delicadeza

Onde não diremos nada

Nada aconteceu

Apenas seguirei, como encantado

Ao lado teu

A única forma legítima para fechar este artigo onde propõe chancelar o tempo da delicadeza em psicoterapia, são as próprias palavras de Carl R. Rogers – escritos de sua biografia, ainda inéditos em português – que anuncia: “I hope someday more people catch up to the fact that not only active listening, but also very sensitive listening is extremely important”. [Eu espero que um dia mais pessoas despertem para o fato de que não apenas a escuta ativa, mas também, a escuta muito sensível é extremamente importante]” (Rogers, 2002, p. 285).

Desta forma, o refinamento sistemático da ACP, em suas nuances mais peculiares, possibilitará o descortinar da escuta sensível enquanto um instrumento chave para o movimento do florescimento humano, essencial para os terapeutas humanistas contemporâneos.

REFERENCIAS

Barbier, R. (1998). A escuta sensível na abordagem transversal. São Carlos: UFSCar.

Duarte, J-F., Jr. (1998). O que é beleza (experiência estética). São Paulo: Brasiliense.

Duarte, J-F., Jr. (2001). O sentido dos sentidos: a educação do sensível. Curitiba: Criar Edições.

Duarte, J-F., Jr. (2005). Fundamentos Estéticos da Educação. Campinas: Papirus.

Dalai Lama (2004). Prefácio. In. P. Ferruci. (2004). A Arte da Gentileza: as pessoas mais gentis são mais bem-sucedidas. Rio de Janeiro: Elsevier.

Rogers, C. (1983) Um jeito de ser. São Paulo: EPU.

Rogers, C. (1961) Tornar-se pessoa. São Paulo: Martins Fontes.

Messias, J. & Ceury, V. (2006).  Psicoterapia Centrada na Pessoa e o Impacto do Conceito de Experienciação. Psicol. Reflex. Crit., vol.19, no.3, p.355-361.

Messias, J. (2001) Psicoterapia Centrada na Pessoa e o impacto do conceito de Experienciação. Dissertação (Mestrado). Pontifícia Universidade Católica de Campinas. 142pp.

Rogers, C. R. and Russell, D. E. (2002). Carl Rogers the quiet revolutionary: an

oral history. Roseville, CA: Penmarin Books.

[1] Trabalho apresentado no VII Forúm da Abordagem Centrada na Pessoa, em Nova Friburgo-RJ, em 11 de outubro de 2007.

[2] Mestranda em Psicologia pela UNIFOR e assistente de pesquisa do Laboratório de Pesquisa RELUS – Rede Lusófona de Estudos da Felicidade. E-mail: ticianapaiva@gmail.com

[3] Pesquisa realizada pelo GT1 da RELUS,  no correr do segundo semestre de 2006. Comunidade visitada foi o Instituto Pão de Açúcar de Desenvolvimento Humano.

[4] Decor- (de decorar); cor, do latim coração, sentido, sentimento.

Ao longo de minha vida profissional, de forma explícita ou não, tenho ouvido isto durante vários atendimentos quando em seu início. Esta é uma questão, a meu ver, preocupante.

Num mundo ágil, onde não podemos “perder tempo”, as pessoas que buscam ajuda, ingenuamente (mas com todo o direito), esperam soluções prontas, direcionamento e maneiras “certas” de viver. Buscam no outro o melhor jeito.

Talvez esta seja uma das explicações das vendas cada vez maiores dos livros de “auto-ajuda”. Onde “profissionais” viram verdadeiros “gurus”, ensinando normalmente o óbvio, contudo colaborando para que a pessoa se desvie cada vez mais de sua unicidade e de seu caminho.

Este é o assunto que desejo focar-me convidando o leitor a fazer uma reflexão a respeito. Não com o intuito de pôr um ponto final na questão, mas sim, com o interesse de provocar uma discussão.

Atenho-me aqui ao psicoterapeuta, que ao meu ver, em função do papel que exerce, deve estar atento para não induzir a falsa expectativa de que a solução vem do outro. Todo cuidado é pouco uma vez que o cliente muitas vezes pede, e entrega as rédeas de sua vida ao psicoterapeuta, sentindo-se incapaz de se auto-dirigir. Em várias situações, bem intencionado, porém ingenuamente, o psicoterapeuta menos atento, ou aquele que crê realmente em seu poder, acaba colaborando com o cliente a acreditar que a resposta realmente vem de fora (através das vária técnicas que facilitam a indução). Isto sem contar os psicoterapeutas que fazem desta maneira,para suprir a sua necessidade de se sentir capaz ou aceito pelo cliente.

Muitas vezes para nos livrarmos da sensação de impotência ou para mostrarmos ao outro o nosso supremo “saber” nos iludimos através do direcionamento, como se fossemos seres dotados de capacidades superiores, e tivéssemos condições de direcionar ou responder, com opiniões, técnicas ou crenças pessoais. Desta forma, talvez num papel muito mais confortável, criando um distanciamento, vistos como “seres superiores”, dificultamos condições para que o cliente conclua por si, através de seus olhos, do seu caos pessoal, de forma visceral, sua vida, história, problemas, desejos, alternativas e soluções.

Para nós psicoterapeutas é difícil abrir mão do poder, colocarmo-nos num papel de facilitador, livrarmo-nos de nossos próprios rótulos, experiências, pré conceitos e pré supostos e nos mostrarmos como pessoas  presentes, compartilhando com o outro, olhando através dos seus olhos, sem encontrar soluções, apenas procurando facilitar condições favoráveis para o outro se ouvir.

Através da Abordagem Centrada na Pessoa, ganhamos condições de refletir e perceber a armadilha que nos colocam para implicitamente mantermos um padrão, uma fachada, um status, que comodamente nos alimenta. Compartilhar nos tira a distância, desfaz a muralha, mas nos dá vínculo, possibilidade de aceitação e de acolhimento, imprescindíveis ao psicoterapeuta centrado na pessoa.

Para todos nós, que olhamos ajuda sob orientação centrada na pessoa, é imprescindível que nos olhemos com honestidade. Os requisitos básicos da ACP só existem, quando verdadeiros, quando parte de dentro de nós. Nunca como técnica. Ou “somos” a Abordagem Centrada na Pessoa ou não. Não há meio termo. Esta é, sem dúvida, uma das razões da importância de olharmos para nós mesmos antes de olharmos o outro.

Posso verdadeiramente acolher, aceitar, não julgar, ser honesto, colocar-me no lugar do outro? Quero abrir mão do distanciamento, das explicações e do poder?

Estas são perguntas que talvez devam ser respondidas por todos aqueles que desejam se aprofundar no estudo e atendimento tendo como refer6encia a  Abordagem Centrada na Pessoa.

Desmitificando os papéis. Aceitando a sabedoria antes do conhecimento, crendo na capacidade do outro, dentro de condições favoráveis de buscar em si suas soluções.

Crendo na sua condição de criar a partir das propostas centradas na pessoa, o seu jeito, e não no jeito ideal, que não existe como algo global. Individualizar o outro é uma maneira de nos individualizarmos também, para irmos, a partir de nós em uma direção global.

Acreditando que no fundo, todos nós, que escolhemos uma profissão de ajuda, buscamos cada vez mais a nossa maneira de nos aperfeiçoar, para que atinjamos nossa expectativa em colaborar, a nossa maneira, com o crescimento das pessoa.

Talvez, sejam quebradas muralhas, e doa em nós, assumirmos que não temos condições de ensinar o outro a viver, mas talvez seja mas honesto estar ao lado da pessoa ajudando-a a aprender por si, o que é para se viver.

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